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Snif… Snif…
November 2nd, 2011 by M.J. Ferreira

“Não devemos ter pena das penas!”Era com esta sucinta frase que o meu pai nos calava sempre que lá em casa nos morria qualquer ave canora ou de capoeira.

Segundo o meu pai, não devemos ter pena das penas, porque o facto de determinada ave que temos em casa ter morrido, funcionava como uma espécie de substituição. Isto é, a ave, tinha morrido em vez de qualquer um de nós.

Cresci com este ditado popular e, ainda hoje, mantenho sempre qualquer tipo de aves em casa. Não por causa do ditado, bem entendido!!! Simplesmente, porque gosto de animais e, o facto de os ter em casa, aproxima-me da vida no campo ou dos quintais de antigamente; de que recordo, particularmente o meu, sempre com galinhas e coelhos. Não faltava também uma gaiola com um pintassilgo de cântico apurado, capaz de fazer inveja a muitos canários dos dias de hoje.

Recentemente, substituí todas as gaiolas por um viveiro que construí eu própria e onde vivem felizes periquitos, rolas, roselas e uma codorniz; sendo que, os periquitos não querem ter nada a ver com a taxa da fecundidade para humanos de Portugal e já estão novamente “grávidos”. Mas, comecei também, a aproveitar cascas e restos de hortaliça para um pato que veio fazer parte da família.

Só que… não sei se o patinho ouviu muitas vezes falar sobre o quanto gostamos de um arrozinho de pato que… deu-lhe uma coisita… e apareceu morto. Estou a brincar, mas não achei nada engraçado e tive pena que o primeiro pato que estávamos a cria no século XXI acabasse dessa forma.

Imediatamente lembrei-me do ditado do meu pai e comentei-o com alguns vizinhos. Então não é que eles também conheciam tão macabro dito?

Como os restos de hortaliça continuam a existir, é claro que não vou desistir. Já estou à espera do dia em que se vende criação cá na zona para recomeçar a criação de patos. Quá-quá, assim que acontecer o recomeço, logo terão uma fotografia.


2 Responses  
  • L E N A writes:
    November 5th, 2011 at 4:22 am

    Não querendo ser mazinha… mas mais valeu a morte, que a tal outra sorte!
    Mas cá deste lado também se dizia que “era bom ter um passarinho em casa, porque se houvesse algum perigo, atingia primeiro o pobrezinho”! Verdade que nunca cheguei a saber exactamente de que “perigo” falavam! Como eu era paquena, ficou assim!

    Mas esperemos então pelo novo habitante!

    Nota: Lá em casa quando um animalzinho morria, (sem ser de morte matada), os meus pais desinfetavam a capoeira com criolina, antes de qualquer novo habitante.Ainda me lembro do cheiro intenso!

  • M.J. Ferreira writes:
    November 8th, 2011 at 9:13 pm

    Ai então acha que o patusco teve sorte em tal morte????? Priva-nos assim de um rico arroz de pato…
    Pois a do passarinho em casa também é do meu conhecimento. Acho que tinha a ver com terremotos e outros distúrbios da natureza que, ao que parece, são sentidos primeiro pelas avezinhas que dão o sinal. Também são os primeiros a serem intoxicados com fugas de gaz.
    Em relação à criolina dou-lhe toda a razão.O cheiro entra pelo nariz e fico retido em todos os poros eheheheheh


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