À medida que vou aumentando a idade (uma maneira diferente de dizer: que vou envelhecendo ^^), tenho-me tornado mais positiva na forma de encarar todas as coisas. Isso não impede que tenha uma “crise de nervos” inicial face a imprevistos e mudanças. No entanto, para suavizar os efeitos sempre nocivos de “nervos à flor da pele”, há muito que me habituei a transformar tudo o que sejam “problemas” em oportunidades.

A minha mãe está com problemas grandes em termos de locomoção. A idade é muita e ultimamente têm-lhe faltado as forças nas pernas. Isso implica que ela precisa de ajuda para deslocar-se três vezes por semana ao Centro de Fisioterapia. A escolha para a levar recaiu sobre mim. Confesso que, numa primeira reacção, interiormente, os meus nervos habitualmente contidos, deram sinal. Levá-la implica uma mudança e diversos ajustamentos nas minhas tarefas semanais. Contudo, nunca esteve em causa deixar de a levar. É a minha mãe e amá-la não é apenas dizer-lhe palavras bonitas uma vez por ano, no Dia da Mãe, mas honrá-la e estimá-la diariamente.

Só tenho que pensar positivo. No meio das dificuldades, das “montanhas” inesperadas que nos surgem a cada esquina da nossa caminhada diária, temos que descortinar as oportunidades que cada um desses desafios nos apresenta. Levá-la ao Centro de Fisioterapia tem sido uma benção. A poucos metros do local existe um enorme relvado com meia dúzia de aparelhos de ginástica que dão colorido à paisagem e revitalizam quem os usa. E eu comecei a usá-los. Aproveito, o tempo de esperar pela minha mãe para, eu própria, praticar algum exercício também.

(alguns dos aparelhos no relvado)

As dificuldades só se tornam um peso difícil de carregar se nós deixarmos. Aprender a ver para além delas é necessário para superarmos o que nos apoquenta, o que nos inquieta, o que nos entristece e nos paralisa.

Para além de me estar a fazer bem fisicamente, ajuda a minha mãe neste momento difícil e já está combinado para a próxima semana, ao fim da tarde, ir com a minha cunhada e os nossos respectivos esposos. Ai…ai… Nunca mais é segunda-feira…